Província celebra a vida de São Maximiliano e inaugura museu que conta a história dos primeiros frades Menores Conventuais no Brasil
Textos e fotos: Frei Enrique Lima
No dia 14 de agosto a província são Maximiliano de Brasília, juntamente com os seus frades, celebrou a devoção a São Maximiliano Maria Kolbe (1894-1941), no jardim da Imaculada, situado na Cidade Ocidental, Goiás. A celebração também marcou 80 anos de seu martírio para salvar um pai de família e o aniversário da província. A Santa Missa foi presidia por Dom Frei João Casimiro Wilk, bispo titular da diocese de Anápolis.
Antes da celebração já ocorria, no mesmo local, o encontro dos frades poloneses missionários. Na ocasião, fizeram memória aos pioneiros da missão vindos de Varsóvia (Polônia) e a importância dessa missão em terras brasileiras. Com essa perspectiva, vemos que ser franciscano no Brasil é compreender a marca kolbiana trazida pelos frades missionários conventuais para as terras brasileiras. O encontro ainda foi marcado pela abertura do museu que contém objetos, escritos, etc, dos primeiros frades que chegaram no Brasil.
O Santuário São Francisco de Assis é uma das paróquias que está sobre responsabilidade da província de São Maximiliano Maria Kolbe. No Brasil, a província cuida de 15 igrejas e santuários localizados no Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Goiás e na Paraíba. Confira mais informações no site da província .
Quem foi São Maximiliano Maria Kolbe?
Quando estava no campo de concentração em Auschwitz no sul da Polônia, São Maximiliano conservou a serenidade no sofrimento, sendo capaz de doar a sua vida em troca de uma outra vida. Franciszek Gajowniczek (1901-1995) foi o sargento polaco que teve a vida poupada pelos nazistas quando Frei Maximiliano sacrificou sua vida pela dele. Na ocasião da fuga de um prisioneiro no campo de concentração, o subcomandante Fritzsch (1903-1945) ordenou que outros dez presos morressem de fome em represália à fuga do fugitivo. Franciszek foi selecionado para morrer e Kolbe ofereceu-se para o lugar dele. A troca foi permitida e Kolbe morreu na cela punitiva da fome.
Kolbe nos deixa um legado de amor, de fraternidade, de diálogo. Afirmação suprema da vida como dom de Deus desde a sua concepção ao seu ocaso. Não esqueça o amor, recordava aos seus irmãos. Num mundo ferido, dividido, de novos totalitarismos, Kolbe continua proclamando com a sua vida e através da vida de todos aqueles que se consagram a Imaculada, seguindo seus passos, que a única força criativa é o amor. O ódio não é uma força criativa. Que a Imaculada nos ajude a perseverar no amor!